quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Enquanto isso, no Rio de Janeiro...



(Foto 1: Praia de Copacabana - as altas temperaturas levam cada vez mais cariocas às praias.)

Não sei quanto aos outros Estados, mas o Rio de Janeiro vive um momento intenso - o calor é realmente muito intenso. As manhãs beiram 35 graus, as tardes 40 e as noites 30 graus. E em meio a isso, vem a tona, para esquentar ainda mais, o Campeonato Carioca.

Enquanto na Libertadores julgam inapropriado a pratica do futebol nas alturas, parece que a CBF não se importa com jogos no calor desumano que faz no Rio e em grande parte do país.

Em uma tarde de Quarta-Feira, feriado de São Sebastião, padroeiro do Rio de Janeiro, a torcida do Fluminense Football Club, ansiosa como qualquer outra da Cidade Maravilhosa, viveu a expectativa do reencontro com o Maracanã desde o épico dia 6 de Dezembro de 2009, quando contra tudo e contra todos, no Couto Pereira, conseguiu, com seu time de guerreiros, fugir do fantasma do Rebaixamento.



(Foto 2: Filas na porta do Maracanã - torcedores na expectativa de comprar seus ingressos para os jogos.)

Ao invés de um dia de jogo tranqüilo, a base de muita água e Coca-Cola - nada de cerveja, graças a CBF -, os torcedores tiveram que enfrentar as regras da FERJ que estavam em vigor até a 2ª rodada do Carioca começar, em que não há venda de ingresso no Maraca em dia de jogo e fazer fila nas Laranjeiras, a aproximadamente 10km de distância do Estádio Jornalista Mário Filho.

Além de se submeterem ao calor e atraso, quando chegaram ao almejado jogo, foram surpreendido pela abundancia de cambistas, o escambo da sociedade, e a incompetência da administração do Estádio, que irritava a todos.

Porém, no último dia 21 ficou resolvido que voltarão a vender ingressos no Maracanã em dias de jogos, isso só não ocorrerá em clássicos, semifinais e finais do Carioca.

Há um outro ponto em que a Federação mexeu este ano para a disputa do torneio no Rio de Janeiro. Visando a Copa do Mundo de 2016, os ingressos para Arquibancadas, antes vendidos aleatoriamente, agora são divididos por setores Arquibancadas Amarelas 1 e 2 e Verdes 1 e 2. Fato é que, devido a má divulgação desta informação - principalmente nas bilheterias do Estádio -, torcedores foram pegos desprevenidos e a norma foi revogada, tendo prevalecido a setorialização antiga, em que apenas o ingresso para a Arquibancada Branca dava acesso a mesma, por ser um setor “privilegiado” voltada para o meio de campo e as outras duas tinham acesso comum.

Infelizmente, a pessoa que vos escreve, não pode partilhar ao vivo de rodada alguma do Campeonato Carioca. Não devido a apenas o calor e a bagunça generalizada, mas graças a todos os 4 Grandes (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco) que assinaram um acordo em que as entradas para a Arquibancada normal (Amarela e Verde), passariam a valer 40 reais a inteira, em jogos normais, com direito, obviamente, a meia entrada. Porém, continuo achando desleal pagar 20 reais para ver um jogo tão banal quanto Fluminense x Bangu, enquanto pude assistir por 15 reais, do mesmo lugar, a final da Sul-Americana contra a LDU.



(Foto 3: Fred, jogador do Fluminense, se refrescando durante a parada técnica - medida obrigatória no Carioca.)

Para não tornar o post unicamente uma critica negativa ao trabalho feito para e durante o campeonato, venho aplaudir uma medida tomada para a segurança dos jogadores e árbitros em campo. Depois de inúmeros apelos feitos em edições posteriores do Carioca, a parada técnica agora faz parte do regulamento.

Após decorridos 20 minutos de cada etapa, são dados 2 minutos à todos em campo para que possam se refrescar e ouvir instruções. Com exceção das partidas que forem exibidas ao vivo pela emissora detentora dos direitos de transmissão do torneio, que tem a opção de não fazer a parada técnica em decorrência da grade horária do canal.

Está cada vez mais difícil acompanhar o campeonato mais charmoso do Brasil, os problemas são muitos e o desgaste é imenso. Mas a necessidade é a base da criatividade e, seja no Estádio, no rádio ou pela Tv, a paixão pelo futebol prevalece.

Quem escreveu foi Stella Kupfer, 19 anos, Carioca, Estudante de Publicidade e Tricolor.

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